O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, disse nesta segunda-feira que o país se opõe à interferência em assuntos internos da Venezuela por forças de fora e ao uso da assim chamada "ajuda humanitária" para alcançar propósitos políticos.
O porta-voz destacou que a China quer paz e estabilidade na Venezuela e pede por obediência aos direitos internacionais e princípios básicos nas relações internacionais.
"Provocar a instabilidade ou até agitação na Venezuela e na região não está de acordo com os interesses de quaisquer das partes", salientou.
Lu fez os comentários depois que os EUA e outros países na região, em coordenação com a oposição venezuelana, declararam um plano para entregar uma "ajuda humanitária" ao país sul-americano, que foi rejeitada pelo governo venezuelano.
"Mais uma vez, pedimos ao governo e à oposição na Venezuela que busquem uma solução política por meio de diálogo e consulta, dentro dos quadros constitucionais e jurídicos", acrescentou.
Ele também solicitou à comunidade internacional que faça coisas verdadeiramente favoráveis para a estabilidade nacional e o desenvolvimento econômico da Venezuela e a melhora do meio de vida da população.
"Esperamos que a comunidade internacional forneça ajuda construtiva para a Venezuela com a premissa de respeitar a soberania do país", finalizou.
Por sua parte, Trump reuniu-se na sexta-feira com Liu na Casa Branca, observando que a relação EUA-China é extremamente importante.
Ele acrescentou que "grande progresso" foi obtido nos últimos dois dias de negociações, enquanto há ainda muito trabalho a ser feito.
Também na sexta-feira, os dois lados decidiram prolongar as conversas por dois dias até o domingo.
Trump publicou um tweet no domingo dizendo que ele "estará adiando" o aumento de tarifas sobre importações chinesas marcado para 1º de março, citando conversas comerciais "muito produtivas" entre os dois países.