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Brasil quer iniciar centro espacial em 2007 inspirado em modelo chinês
2007-09-19 00:00
Por Manuel Martínez

Taiyuan (China), 19 set (Xinhua) - O ministro brasileiro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, declarou hoje na China acreditar que ainda este ano começará a reconstrução do centro espacial do Brasil, em Alcântara, que poderá seguir o modelo das instalações chinesas, segundo disse à Xinhua.
"Devemos reconstruir a torre de lançamento de Alcântara e fazer o centro espacial como o que nós temos aqui em Taiyuan", informou Rezende, quem mencionou a base de lançamentos na capital da província chinesa de Shanxi, norte do país, a 750 quiilómetros de Beijing.
O complexo, de onde foi enviado à órbita terrestre o satélite de sensoriamento remoto sino-brasileiro CERBS-2B, conta com centros de controle com tecnologia de ponta, além de alojamentos e demais serviços que permitem ao seus técnicos ter quase o mesmo conforto das cidades que deixaram..
"Alcântara não tem nada disso, que é necessário para ter um programa espacial completo", considerou Rezende, que fez alusão ao centro brasileiro no Maranhão, norte do Brasil.
Essa base ficou inoperante após a explosão do foguete brasileiro, em 2003, construído para colocar satélites em órbitas, um acidente que deixou 21 mortos, todos especialistas aeroespaciais, e prejudicou o programa espacial brasileiro.
Segundo o ministro, o novo centro de Alcântara deverá custar entre US$ 150 milhões e US$ 300 milhões, dos quais cerca de US$ 15 milhões serão destinados à torre de lançamento.
Lembrou que o governo já realizou uma licitação para selecionar a empresa que ficará encarregada das obras, mas que esse processo está suspenso diante dos questionamentos perante a Justiça de outra companhia, que perdeu.
"Estou otimista de que seja este ano ainda (o início do processo de reconstrução)", sublinhou à Xinhua.
Por outro lado, Rezende disse que por haver muitos técnicos brasileiros do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na China na base de Taiyuan o Brasil já teria um certo conhecimento acumulado para ter um complexo que seguirá o modelo chinês. Fim
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