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O Embaixador Li Jinzhang publicou artigo sobre cúpula dos BRICS
2017-09-09 05:58

O Embaixador Li Jinzhang publicou no dia 8 de setembro no Correio Braziliense um artigo intitulado “De mãos dadas, China e Brasil abrem a segunda Década de Ouro dos BRICS”. Veja a íntegra do texto completo.

Teve lugar, no início deste mês, a 9ª Cúpula dos BRICS na cidade chinesa de Xiamen. Sob o tema “Fortalecer a parceria para um futuro ainda mais promissor”, o presidente Xi Jinping e seus colegas do Brasil e dos demais integrantes do grupo fizeram um resumo das experiências de sucesso dos BRICS na última década e alcançaram consensos em relação ao novo plano para a consolidação da parceria e o aprofundamento das cooperações pragmáticas em diversas áreas. Concordaram que o sucesso da cúpula de Xiamen inaugura uma segunda década de ouro para esse relacionamento.

Primeiro, os BRICS vão continuar promovendo a cooperação de resultados concretos. A cooperação nas área econômica e comercial conquistou progressos significativos, mas ainda há um grande potencial a ser explorado. É de consenso de todos que os BRICS devem aproveitar as respectivas vantagens comparativas, reforçar a complementaridade de suas estratégias de desenvolvimento com o objetivo de alcançar a meta de integração do comércio e investimento, a circulação monetária e financeira, assim como a interconectividade das infraestruturas. A parte chinesa estabelecerá o Programa de Intercâmbio Econômico e Tecnológico entre os BRICS com um aporte inicial de 500 milhões de yuans. Serão destinados US$ 4 milhões ao fundo de preparação de projetos do Novo Banco de Desenvolvimento.

Segundo, os cinco países continuarão firmemente comprometidos com o multilateralismo e as normas básicas das relações internacionais em busca de um novo tipo de conexão entre as nações. Devemos tornar a globalização econômica mais aberta, inclusiva, equilibrada e proveitosa para todos, construir uma economia mundial aberta, defender o sistema comercial multilateral e combater o protecionismo. Vamos avançar com a reforma da governança econômica global, aumentando a representatividade e a voz dos mercados emergentes e os países em desenvolvimento.

Terceiro, os BRICS vão levar adiante o intercâmbio humano e cultural. Neste ano, realizaram-se eventos como competições esportivas, mostras de cinema e festivais culturais. Os BRICS concordaram em tornar essas atividades regulares e institucionalizadas para envolver mais camadas da população e oferecer um repertório mais amplo e diversificado.

Maiores nações em desenvolvimento dos hemisférios Oriental e Ocidental e importanes integrantes dos BRICS, China e Brasil vêm avançando juntos ao longo desses dez anos e têm-se beneficiado muito disso. Na visita de Estado do presidente Michel Temer à China antes da Cúpula de Xiamen, os dois líderes concordaram em aprofundar a tradicional amizade entre as duas nações em busca do maior crescimento da Parceria Estretégica Global. Aproveitando o mecanismo da COSBAN, os dois países vão estudar maneiras de encaixar a Iniciativa das Novas Rotas da Seda nos programas de PPI e Plano Avançar; promover a interconexão e a integração regionais, facilitar e fazer crescer o comércio bilateral. Além disso, vamos aprofundar a cooperação nos domínios de infraestrutura, manufatura, agronegócio, mineração, energia, capacidade produtiva e inovação tecnológica, ampliar o intercâmbio nos campos de cultura, imprensa, turismo e esporte. Vamos ainda estreitar a cooperação no âmbito multilateral, alinhando-nos em questões globais. Os acordos assinados entre os dois governos e empresariados são provas concretas dessas cooperações.

Num futuro próximo, com a chegada de mais turistas e empresários chineses ao Brasil, o intercâmbio bilateral será mais intenso. Acredito que isso demonstrará, mais uma vez, que a parceira sino-brasileira é de benefício recíproco e que essa aliança chegará mais longe e trará bem-estar aos dois povos. Tenho a convicção de que a visita do presidente Temer e a Cúpula de Xiamen é um novo ponto de partida na criação de um novo paradigma de cooperação entre economias emergentes e no fomento da cooperação econômica, da segurança política e do intercâmbio humano em prol a segunda Década de Ouro dos BRICS.

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