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China e Brasil reforçarão a cooperação na área de energia
2011-04-15 20:07
 Beijing, 15 abr (Xinhua) -- "A China e o Brasil reforçarão a cooperação na área de energia, especialmente na exploração de energia hidrelétrica", informou Sun Yanfeng, especialista chinês em Brasil, em uma entrevista com a Xinhua.
   Sun, especialista do Instituto de Pesquisa da América Latina, subordinado ao Instituto das Relações Internacionais Contemporâneas da China, apontou que a presidente brasileira, Dilma Rousseff, em  visita à China, foi ministra de Minas e Energia, e tem dedicado bastante atenção ao setor.
   O Brasil possui forte potencial hidrelétrico, enquanto a China tem capacidade de levantar recursos financeiros e experiência de construção. Os dois países têm um grande potencial de colaboração na área de energia hidrelétrica, apontou.
   Ao participar do Fórum de Energia para o Desenvolvimento da Cidade Brasileira, realizado durante a Expo de Shanghai em julho passado, o então ministro brasileiro de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, expressou a esperança de receber mais empresas chinesas do setor.
   No final de 2010, a Companhia Nacional de Eletricidade da China obteve o direito de administração de 3% das linhas de transmissão da rede elétrica brasileira, que se concentram nos quatro estados desenvolvidos no Sudeste e atenderão cidades importantes como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.
   Isto era inimaginável, afirmou Chen Duqing, ex-embaixador chinês no Brasil.
   O Brasil possui hoje duas usinas nucleares em funcionamento e uma em construção. De acordo com os dados do Ministério de Minas e Energia do Brasil, a energia hidrelétrica responde por 90% da matriz energética nacional, enquanto a energia nuclear responde por 4%. Para o Brasil, o desenvolvimento da energia nuclear não é uma demanda premente. Sob a influência de crise na usina japonesa de Fukushima, o Brasil provavelmente considerará o uso de outros tipos de energia, como a biológica, para substituir a fonte nuclear, indicou Sun.
   O Brasil tem grande capacidade de desenvolver a energia biológica, acrescentou.
   Segundo as estatísticas oficiais do Brasil, até 2009, as fontes renováveis respondiam por 47,2% do consumo total de energia do país, incluindo 18% de cana de açúcar e 10,1% de energia biológica tradicional.
   Em 12 de abril, o presidente chinês, Hu Jintao, e a presidente Rousseff, assinaram em Beijing o Comunicado Conjunto China-Brasil, segundo o qual as duas nações têm grande potencial de cooperação no setor energético, especialmente nas energias hidrelétrica, nuclear e biológica.
Fim
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