Brasília, 6 nov (Xinhua) -- A Embrapa, empresa estatal brasileira de pesquisa agropecuária, informou que pretende criar um laboratório asiático, tendo em vista sua parceria estratégica com a China e Índia e o crescimento da região.
Para inaugurar o laboratório asiático, a Embrapa ainda precisa de autorização dos ministérios do Planejamento, da Agricultura e das Relações Exteriores, cuja manutenção anual será de US$ 500 mil.
Segundo o presidente da empresa, Silvio Crestana, a China está "se colocando no páreo".
"O Brasil é um global player em produção agrícola e em conhecimento agrícola tropical. Lidera hoje o ramo. Portanto, a África, a Ásia e a América do Sul estarão dependendo de nosso conhecimento. Estamos em um papel de levar conhecimento para lá," disse.
Crestana lembrou que o crescimento exponencial da Índia e da China fará com que essas nações sejam, muito em breve, mais importantes do que o G-7 (grupo das nações mais ricas do mundo).
A Embrapa é reconhecida internacionalmente pelo desenvolvimento de tecnologias que transformaram o cerrado no maior celeiro de grãos do mundo e possibilitaram o cultivo de frutas para exportação no semi-árido nordestino.
A empresa está presente nos Estados Unidos, França, Holanda e na África. Nos três primeiros, os laboratórios são mantidos pelo Banco Mundial (Bird) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Em março de 2007, a Embrapa reafirmou uma parceria estratégica com a China, recebendo a visita do presidente da Academia de Agricultura da China, Zhai Huqu, para ratificar um memorando firmado em 2004.
"A presença da Embrapa na Ásia é muito importante, principalmente na China", destacou naquela ocasião, o diretor-executivo da empresa, Geraldo Eugênio de França. Fim