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A arte chinesa é destaque na 14ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba com o tema: "Criação Transformadora"
2019-10-23 23:19

O maior museu de arte da América Latina, o museu Oscar Niemeyer, está sediando a 14ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba com o tema “Fronteiras em Aberto” que acontece entre setembro de 2019 e março de 2020. Estão expostas as obras de mais de 100 artistas nacionais e internacionais. Com destaque à participação de artistas contemporâneos dos países que integram o bloco dos BRICS, esta exposição contribuirá para um maior conhecimento mútuo e compreensão entre as culturas. Os países do BRICS possuem uma ampla gama de heranças culturais únicas, respectivamente. Nesse sentido, a exposição em grupo dos países do BRICS é de positiva importância para promover a interação, a aprendizagem mútua e os laços entre pessoas e entre os países.

A China já foi destaque na Bienal de Arte de Curitiba em edições passadas. Na 12ª edição da Bienal Internacional de Arte de Contemporânea que ocorreu entre setembro de 2017 e fevereiro de 2018, a China foi escolhida como o país homenageado. Foram mais de um milhão de visitantes de diversas cidades do Brasil e do mundo que tiveram a oportunidade de conferir a programação que contaram com 62 grandes nomes da arte contemporânea chinesa meticulosamente escolhidos para a exposição. Foram obras que apresentaram expressões heterogêneas, ideias diversificadas e refletiram de forma plena a criatividade e a continuidade da arte contemporânea chinesa, sua tradição e modernidade, assim como seu caráter ao mesmo tempo étnico e cosmopolita.

Nessa edição de 2019 a China retorna com uma importante participação, desta vez são mais de 70 obras chinesas que apresentam o tema “Criação Transformadora”. A cerimônia de abertura ocorreu oficialmente no dia 21 de setembro no Museu Oscar Niemeyer e contou com a presença de várias personalidades dentre as quais podemos destacar a senhora Embaixatriz Lu Yanliu e o senhor Shu Jianping, Ministro Conselheiro para assuntos culturais da Embaixada da China no Brasil. Na ocasião, o senhor Shu fez um pronunciamento em nome do senhor Embaixador Yang Wanming.

   

A exposição tem como curadoria do presidente e professor da Academia Central de Belas Artes Chinesa, Sr. FAN Di'an. O Sr. Fan atua também como presidente da China Artists Association, vice-presidente da China Literature and Art Critics Association, é vice-diretor do Conselho de Educação Artística do Ministério da Educação e membro do Instituto Central de Pesquisa de Cultura e História e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. O Sr. Fan está envolvido há muito tempo na pesquisa de arte chinesa do século XX, utilizando críticas e práticas curatoriais de arte contemporânea e museologia de arte. Ele foi curador de centenas de exposições acadêmicas que refletem os temas atuais e as realizações da arte chinesa.

Conhecendo um pouco a biografia e a atuação dos artistas chineses por meio de suas obras de arte é notória a demonstração de vigorosa exploração e flamejante vitalidade. Como artista de novas mídias, o Sr. YANG Chun está comprometido para expressar sua preocupação com a natureza, meio ambiente e ecossistema através de mídia digital. Ele extrai elementos de imagem de uma dúzia de clássicos da pintura chinesa e constrói-os em uma bela floresta. O artista transforma imagens estáticas das clássicas pinturas em apresentação dinâmica de acordo com a cognição contemporânea. O Sr.Yang é membro da Associação de Artistas da China, ganhou o prêmio de prata na 12ª Exposição Nacional de Belas Artes. Sua animação “Bela Floresta” foi exibida e premiada em Los Angeles-EUA. O artista foi selecionado para apresentar sua obra na exposição especial do Festival de Animação de Cinema em Lisboa e ganhou o "Prêmio de Melhor Efeitos Visuais" no 6º Concurso de Animação em Quadrinhos da Juventude Asiática.

   

Inspirado em imitações de pinturas de paisagens pelo Manual do Jardim de Sementes de Mostarda (livro para iniciantes de pinturas chinesas na dinastia Qing), o Sr. LI Bangyao cria um manual de paisagem e renderiza imagens bidimensionais em tridimensionais. O artista usa papel colorido para esculpir um mapa do mundo. A inspiração veio do tradicional artesanato chinês de "Cabaça de Papel”, essa arte é sustentada no contexto da cultura contemporânea, alcança e expande a possibilidade de linguagem de papel em termos de estilo, espaço e volume e cria novas paisagens com visual de “desabrochar”. Através do papel ele transforma um gigante quebra-cabeças em um elemento importante na linguagem de expressão, apresentado em cada dobradura, movimento e ondulação surgem imagens imprevisíveis. O Sr. Li Bangyao é professor do Departamento de Belas Artes da Universidade de Guangzhou no Sul da China e já realizou várias exposições individuais dentre as quais foram destaque na 10ª Bienal Internacional de Arte de Shenzhen, no Museu de OCAT em Shenzhen - 2019, no Museu de Arte de Minsheng em Pequim – 2018, na 55ª Bienal de Veneza em Itália - 2013, entre outras.

O artista Sr. LI Hongbo é professor da Universidade de Jilin, membro do Comitê da Associação de Artistas de Arte Experimental da China, diretor do Instituto de Pesquisa de Arte em Papel da China. Ele foi premiado com o “Grande Prêmio de Arte Asiática" da Fundação de Arte Estrangeira em 2017. Seus trabalhos foram exibidos em muitas províncias e cidades da China, assim como em muitos países e regiões, incluindo França, Suíça, Cingapura e Austrália. Para a mostra na Bienal de Curitiba o artista utiliza objetos naturais e ornamentos em laca com requinte que são aplicados para moldar a imagem do céu da terra e da água. A figura de uma pessoa encontra-se em lenta moderação, nem muito perto nem muito longe. A madeira, o ouro e a pedra se misturam na semântica da colisão e do diálogo com aspecto humano sublime, espiritual e emocional.

O artista Sr. Hu Wei é supervisor de doutorado da Escola de Arte da Universidade de Renmin na China, é membro da Associação de Artistas da China, presidente de pintura de material abrangente do comitê de conservação e restauração de arte. O Sr. Hu presidiu também sucessivamente o projeto de arte do Centro Nacional para a Arte de Performance, participou do projeto de conceito de arte dascerimônias de abertura e encerramento dos jogos olímpicos de Pequim e dos jogos olímpicos de Londres. O artista criou independentemente a “Reforma de Zhang Juzhen”, um projeto de criação de arte de 5000 Anos com o tema da história da civilização chinesa. Seus trabalhos foram exibidos em mais de 30 províncias e em cidades como Pequim, Xangai e Guangzhou, bem como em tantos países e regiões, incluindo Japão, Europa e América.

O artista Sr. Wu Yongping é professor da Academia Central de Artes Plásticas, membro do Instituto de Escultura da China, vice-diretor do Comitê da Associação de Artistas em Arte de Cerâmica na China. Planejou e organizou exposições importantes em Xangai. O Sr. Wu dedica-se à reconstrução e a expressão contemporânea da tradicional cultura chinesa e do estudo do estilo contemporâneo de cultura tradicional. Suas obras são coletadas pelo Museu Nacional de Arte da China, pelo Espaço de Obras Esculturais de Shanghai, entre outros. Suas pinturas exploram a relação entre humanos e natureza de uma maneira alegórica, expondo reflexões sobre questões sociais de matança e destruição da ecologia. Com o intuito de tecer uma cruel realidade na pintura da Dinastia Song, ele baseia-se na filosofia de que o homem é parte integrante da natureza e adiciona pássaros simbolizando o espírito natural, permeando sobre incerteza do destino da humanidade e o relacionamento com a natureza.

Ambos os artistas Sr. HU Wei e o Sr. WU Yongping analisam, respectivamente, as tradições artesanais chinesas e reconhecem o significado da arte tradicional sob um espírito técnico de conectividade. Eles chegam ao mundo da "reengenharia" após darem novo sentido aos materiais tradicionais e lançam essas obras-primas que demonstram belíssima expressão de sabor cultural único.

Essa exposição foi organizada pelo Ministério da Cultura e Turismo da República Popular da China, pela Embaixada da República Popular da China no Brasil e pelo China Arts and Entertainment Group Ltd. (CAEG), as obras são representativas da arte contemporânea chinesa que destacam a transformação contemporânea da cultura tradicional, elas não revelam apenas a compreensão criativa dos artistas chineses sobre o conceito de "Transformação" e contemporaneidade foram do comum, mas também lançam luz sobre a consciência cultural e o espírito inovador dos artistas contemporâneos.

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