Início > Cultura e Educação
Comunidade brasileira na China mostra aos chineses um Brasil além de futebol e samba
驻巴西使馆
2011-11-21 19:14

 Beijing, 21 nov (Xinhua) -- Para os brasileiros que não conhecem a parte continental da China, é difícil entender que o país asiático tenha uma metrópole como Shanghai. Assim como para a maior parte dos chineses, cuja imagem do Brasil sempre se mantém em futebol, samba e favela.

Sendo duas importantes economias em desenvolvimento e membros do BRICS, a China e o Brasil registram crescentes relações em diversos setores, mas conseguiram êxitos limitados em intercâmbio cultural. Os dois povos conhecem pouco um do outro e têm imagens fixas que são difíceis de mudar.

Neste caso, além dos dois governos, alguns indivíduos e organizações começam a se dedicar ao intercâmbio cultural sino-brasileiro, entre eles o BRAPEQ (Brasileiros em Beijing).

Estabelecida em 2007, a organização sem fins lucrativos se dedicava no início a integrar a comunidade brasileira e ajudar os brasileiros recém-chegados à China, além de difundir o conhecimento da cultura e história chinesa. Mas logo começou a promover a cultura brasileira ao povo chinês.

"Os chineses conhecem muito pouco sobre o Brasil. Para nós, além de futebol e carnaval, temos outras coisas para mostrar", disse a presidente do BRAPEQ, Raquel Martins, que já mora na China há mais de 40 anos.

Raquel Martins se referia às festas juninas anuais organizadas pelo BRAPEQ por cinco anos consecutivos em Beijing, que atraiu todos os anos mais de duzentos participantes, dos quais quase a metade eram chineses.

Entretanto, os brasileiros na China também destacam o papel que a cinematografia desempenha no intercâmbio cultural entre os dois países. É isso porque foi lançado o 2º Festival de Cinema Brasileiro na China, um evento organizado pelo BRAPEQ e financiado pela embaixada brasileira na China e diversas empresas.

"O primeiro festival, realizado no ano passado, não estava bem preparado, mas o entusiasmo dos espectadores chineses ultrapassou a nossa expectativa", afirmou Anamaria Boschi, curadora do festival, acrescentando que esse 2º festival tenta mostrar aos espectadores os "temas atuais" do Brasil.

"A China tem uma história tão longa de até cinco mil anos para contar, enquanto o Brasil está focando principalmente em temas atuais, da realidade", comentou Raquel Martins ao falar sobre os filmes exibidos no evento, que acontece de 17 a 22 de novembro em Beijing e de 2 a 4 de dezembro em Shanghai.

A secretária do setor cultural da embaixada brasileira na China, Carolina El Debs, elogiou as contribuições da comunidade brasileira para a promoção da cultura brasileira na China, classificando-as como complementares para os esforços de promoção do governo brasileiro.

Quanto a dificuldades na promoção da cultura brasileira em Beijing, Raquel Martins mencionou que um dos principais problemas é a falta de dinheiro. Além disso, as atividades realizadas pela comunidade brasileira não têm influência significativa entre os chineses. Fim

Suggest to a friend   
Print