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Ignorância não é desculpa para preconceitos
2021-07-19 06:19

Recentemente, o senhor Rodrigo da Silva publicou no jornal O Globo um artigo com o título "Taiwan é exemplo para o mundo, e não a China". Estamos sempre abertos para um debate franco com todos os setores da sociedade brasileira sobre temas da China e as relações sino-brasileiras. No entanto, as opiniões do Sr. Rodrigo da Silva, afastadas de fatos básicos, estão repletas de preconceitos ideológicos que mancham a imagem da China e trazem grave desinformação à sociedade brasileira, o que não condiz com a ética profissional de um jornalista e escritor. Refutamos com veemência essas afirmações que violam a soberania e a integridade territorial da China.

Em seu artigo, por ignorância ou por motivos ulteriores, o artigo de Rodrigo da Silva refere-se à região de Taiwan da China como um "país". Existe no mundo apenas uma China, da qual Taiwan é parte inseparável. Esse princípio básico de relações internacionais foi adotada pela Resolução 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas. É um consenso político alcançado entre a China e a maioria esmagadora dos governos do mundo, incluindo o brasileiro e serve de alicerce político para as relações que a China desenvolve com qualquer país. Um jornalista sério jamais ignora os princípios básicos de relações internacionais sem respeitar senso comum.

Por ignorância ou por motivos ulteriores, o artigo de Rodrigo da Silva levanta críticas injustificadas ao sistema político sob a liderança do Partido Comunista da China. É hora de tirar a óptica prisma e mostrar um pouco de humildade para estudar a fundo a história chinesa, conhecer a China contemporânea e ouvir as vozes do povo chinês. A história e a prática provam que o caminho do socialismo com características chinesas é um caminho bem-sucedido em sintonia com a realidade nacional, responsável pela decolagem econômica do país e pelo estabelecimento de um conjunto de sistema político que inclui a democracia ao longo de todo o processo. Esse caminho tem o apoio da grande maioria do povo chinês e é a garantia fundamental para a estabilidade e o desenvolvimento a longo prazo da China. Não há receita fixa para a via de modernização. Não temos a intenção de impor a outros países o caminho da China que é próprio às condições da China, mas defendemos que devem ser devidamente respeitados os esforços de cada país para encontrar sua própria via de modernização. Um jornalista sério jamais faz comentários levianos e críticas grosseiras sobre sistema político de outro país com base em pressuposições.

Por ignorância ou por motivos ulteriores, o artigo de Rodrigo da Silva apresenta falácias sobre os assuntos de Xinjiang e do Tibete. A China é um país multiétnico e multirreligioso. A Constituição chinesa garante, respeita e protege os direitos legítimos de todos os grupos étnicos e veta qualquer forma de discriminação étnica. Chineses de todas as etnias, incluindo os uigures e tibetanos, gozam de plena liberdade de crença religiosa, e os seus direitos são plenamente respeitados e assegurados. De acordo com o último censo demográfico, a população da etnia han cresceu 4,93% em comparação com 2010, enquanto a população das minorias étnicas chinesas registou um aumento de 10,26% no mesmo período. Nas últimas quatro décadas, o número de uigures mais do que dobrou. Já no caso do Tibete, ao longo dos quase 70 anos desde a Libertação Pacífica, o Tibete tem testemunhado robusto desenvolvimento econômico, harmonia e estabilidade da sociedade, fortelecimento da cultura e melhoria do bem-estar social. Um jornalista sério jamais confia no achismo, no preconceito, ou até propagar especulações baseadas em mentiras produzidas por certos países ocidentais.

A China está aberta a aprender com todas as conquistas benéficas das outras culturas e acolher sugestões construtivas e críticas bem-intencionadas, enquanto rejeita, de forma resoluta, difamações e calúnias maliciosas. Diferentes em história, cultura e sistema social, a China e o Brasil, dois grandes países em desenvolvimento, enfrentam os mesmos desafios de crescimento econômico, melhoria do bem-estar social e fortalecimento da capacidade de governança. Portanto, nossas relações devem se basear no respeito e no aprendizado mútuos. Esperamos que o Sr. Rodrigo da Silva ponha de lado o seu preconceito contra a China, mostre mais respeito e menos hostilidade, seja mais objetivo e menos tacanho. Aprenda a avaliar o Partido Comunista da China e a nação chinesa numa perspectiva objetiva e deixe de ser uma energia negativa que gera ruídos à amizade sino-brasileira.

porta-voz da Embaixada da China no Brasil, ministro-conselheiro Qu Yuhui

 

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