Por Xun Wei, correspondente da Xinhua

Beijing, 11 dez (Xinhua) -- O Brasil dá importância à cooperação e parceria com a China em saúde pública, disse quinta-feira em Beijing o ministro da Saúde brasileiro José Gomes Temporão, encorajando também o desenvolvimento da medicina tradicional chinesa (MTC) no Brasil.

O ministro ouviu as dificuldades e propostas oferecidas por estudantes representantes brasileiros em MTC em uma reunião realizada na embaixada brasileira na China, manifestando sua esperança de que os brasileiros que aprendem a MTC e outras medicinas estrangeiras possam voltar, no futuro, à sua pátria para contribuir ao país.

De acordo com os representantes, três fatores limitam o desenvolvimento da MTC no Brasil, nomeadamente o pouco conhecimento dos brasileiros sobre a medicina chinesa, que se concentra principalmente na acupuntura; a grande diferença entre o sistema da medicina brasileira e o da MTC; assim como a diferença de ervas criadas nos dois países.

A combinação e cooperação entre a medicina chinesa e a medicina ocidental será o caminho adequado para o desenvolvimento da MTC no Brasil, de acordo com eles.

Considerando a participação de 8% da saúde pública no PIB do Brasil, Temporão tenta introduzir medicinas exteriores de baixo custo e de desempenho agradável, como a MTC, para melhorar o atendimento à população e promover o desenvolvimento econômico.

O setor chinês de fármacos e equipamentos hospitalares registrou um franco crescimento nos últimos anos. Em 2008, o Brasil importou, neste segmento, o equivalente a R$ 6,17 bilhões da China, um aumento de 83% em relação ao ano anterior.

O ministro chegou a Beijing em 5 de dezembro para uma visita oficial. Foi a primeira visita de alto nível em Saúde desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois maiores países em desenvolvimento há 35 anos. Temporão espera buscar possíveis cooperações e parcerias com as autoridades chinesas no setor de medicamentos e equipamentos médicos, discutindo especialmente a área de inspeção de saúde pública na 3ª cúpula da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível em 2010. Fim